Quem acompanha as tendências na arquitetura já percebeu que o efeito de cimento queimado e concreto aparente ganharam espaço na decoração. Inclusive, muitos apartamentos são entregues pela construtora com esses elementos em destaque na planta do imóvel.
E se antes o cimento queimado e o concreto aparente poderiam ser considerados como algo inacabado, atualmente se configura em projetos de alto padrão.
Em linhas gerais, assim como o concreto aparente, o cimento queimado pode compor projetos pautados em décor industrial, contemporâneo, rústico e retrô, dentre outros.
Mas são nos detalhes que detectamos as diferenças: embora possuam aparência similar, o concreto está mais voltado para ambientes com características mais brutalistas e urbanos, uma vez que suporta mais carga e demanda baixa manutenção.
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“A superfície do concreto é bastante resistente e o acabamento mais rústico”, diz o arquiteto Bruno Moraes.
Por sua vez, o cimento queimado conta com um melhor custo-benefício, sendo abundantemente empregado em projetos residenciais para revestir pisos e paredes.
Como combinar cimento queimado e concreto aparente com outros elementos
Com relação às combinações com outros elementos, tanto um, como outro, se integram harmoniosamente com texturas de materiais como metal, tijolo, madeira, além de pedras e mármores.
“Por serem de uma paleta de cores relativamente neutra, mesclamos diversas cores de tecidos com tons que conversem entre si. Sempre opto por não trazer cores muito escuras, que podem proporcionar a sensação de encolhimento do projeto”, revela o arquiteto.
Como produzir o concreto aparente e o cimento queimado
É preciso entender a diferença entre os dois materiais que, por apresentarem aspectos similares, despertam algumas dúvidas. Tecnicamente, o cimento queimado é o resultado da mistura de cimento, areia e água e sua função é apenas o de acabamento.
Já o concreto aparente deixa à mostra a estrutura das edificações e, nesse caso, é fundamental destinar um cuidado específico para deixá-lo como acabamento. Ou seja, ao realizar o projeto, o profissional de arquitetura deve decidir, com antecedência, o que será deixado com esses ares.
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Então, para quem deseja deixar o concreto aparente, caso já tenha uma laje ou pilar, o lixamento para a retirada da massa corrida e pintura permite chegar ao concreto bruto. Para isso, o arquiteto recomenda a utilização de uma máquina específica para o processo e, na sequência, aplicar uma seladora. “Gosto muito de usar opções de seladoras incolores e foscas que nos permitem reproduzir fielmente a cor natural do concreto”, explica Bruno.
Por isso, uma aposta certa é nos projetos de reforma onde a expectativa é criar um efeito modernista, o cimento queimado. No passado, era mais encontrado em casas populares, quando o orçamento não permitia a compra de um revestimento para instalação. Todavia, atualmente o cimento queimado é amplamente utilizado em pisos e paredes de projetos arquitetônicos com inspirações contemporâneas, industriais e brutalistas. “Não há distinção e hoje ele é empregado desde residências mais simples, até aquelas de alto padrão”, enfatiza o arquiteto.
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A mistura entre cimento, areia e água deve ser aplicada na superfície e, com uma desempenadeira, o profissional especializado faz a textura. Portanto, é fundamental prever as juntas de dilatação na superfície, evitando trincas posteriores.
Não opte pelo cimento queimado em áreas totalmente úmidas. Pois, apesar de ser um acabamento resistente, as possíveis fendas que podem aparecer abrem para permear água por esses vãos.
Alternativas ao cimento queimado
Por fim, quem não quiser se arriscar com o cimento queimado pode procurar produtos que imitam a textura e têm o mesmo aspecto. “Além do porcelanato, tintas texturizadas asseguram com mais facilidade essa realização”, finaliza Bruno.
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